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Sistema de Biodigestão será lançado nesta terça

Primeiro equipamento será inaugurado no Cmei Nídia Benitez, às 8h; o biodigestor é utilizado para acelerar o processo de decomposição de matéria orgânica, produzindo biogás e biofertilizante

Como parte do Programa de Gestão Integrada de Resíduos, a Prefeitura de Foz do Iguaçu lança nesta terça-feira (29) o Sistema de Biodigestão com a implantação do primeiro equipamento no Centro Municipal de Educação Infantil (Cmei) Profª Nídia Benitez, na Vila Solidária. A solenidade, com a presença do prefeito Chico Brasileiro e demais autoridades, acontecerá às 8h.

Ao todo, 100 biodigestores serão instalados em prédios públicos, unidades escolares, associações comunitárias e unidades de valorização de recicláveis (UVR) até junho de 2023, com o propósito de tornar o município cada vez mais sustentável social, ambiental e economicamente. O valor unitário é de R$ 24 mil, com instalação, monitoramento, manutenção e formação pedagógica por meio de plataforma EAD.

“Promover a implantação do sistema de biodigestão em prédios públicos, escolas e Cmeis é unir o avanço tecnológico e o gerenciamento de resíduos orgânicos a temas como educação, saúde, economia, desenvolvimento social e meio ambiente, além de atender a 13 dos 17 Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS) estabelecidos pela Agenda 2030 da ONU”, explica o prefeito Chico Brasileiro.

O biodigestor é um equipamento utilizado para acelerar o processo de decomposição da matéria orgânica através da ausência de oxigênio. As vantagens da biodigestão são inúmeras, desde o reaproveitamento do resíduo orgânico à produção de fertilizantes e biogás. “Foz do Iguaçu faz a gestão correta dos materiais recicláveis secos por meio do programa de coleta seletiva, agora inauguramos a reciclagem de orgânicos, para reduzir cada vez mais o envio de resíduos ao aterro sanitário”, explica a secretária de Meio Ambiente, Angela Meira.

Em Foz do Iguaçu, 41,1% de todo o resíduo que chega ao aterro é orgânico, segundo o Plano Municipal de Saneamento Básico. “Tendo em vista que os resíduos orgânicos são em média, constituídos por 70% de água e podem ser 100% transformados em energia ou adubo, buscar formas de aproveitamento descentralizado e independente, preferencialmente no próprio território onde é gerado, caracteriza uma das possibilidades mais seguras, educativas e econômicas para gestão deste tipo de resíduo urbano”, salienta a secretária.

Além disso, o sistema de biodigestão contribui para a redução da insalubridade dos ambientes internos e externos, consistindo em uma solução econômica ao município, pois reduz as operações de coleta, transporte e destinação dos resíduos desta natureza.

Funcionamento

Os equipamentos comportam até 10 kg de resíduos orgânicos por dia e, por meio da biodigestão, transformam em gás de cozinha e em biofertilizante liquido. A instalação de um biodigestor ao longo de 15 anos é capaz de gerar aproximadamente 38 mil horas de biogás e 54 mil litros de biofertilizante. Também evita que 54,75 toneladas de resíduos orgânicos sejam destinadas ao aterro, reduzindo a contaminação do solo e a emissão de 120 toneladas de gases de efeito estufa.