O consumidor de Foz do Iguaçu está sentindo no bolso o aumento dos preços de produtos da cesta básica desde o início do avanço da pandemia de Covid-19. No mês de abril, o Índice de Preços ao Consumidor subiu 1,9% no município. Alguns produtos, como tubérculos e legumes, chegaram a ter alta de 32,8%. As informações são do Centro de Pesquisas Econômicas e Aplicadas (Cepecon) da UNILA.

Segundo a pesquisa, uma das causas da alta dos preços foi o aumento da demanda por alguns alimentos, já que as famílias estão fazendo mais refeições em casa. Foi o que aconteceu com a batata, que teve um incremento de 30% no último mês. A alta demanda também impactou nos preços do feijão-preto (26,6%), do macarrão (15,6%), da farinha de trigo (13,6%) e do arroz (8,8%). Com o aumento da farinha, o preço do pão francês também apresentou alta, que chegou a 29,7%.

O coordenador do Cepecon, Henrique Kawamura, diz que pesquisar continua sendo a principal forma de economizar. Porém, em tempos de isolamento social, a pesquisa de preços pode ser feita a distância. “Uma alternativa é utilizar o app Menor Preço, do Nota Paraná. O consumidor também pode pensar em substituições. Por exemplo, substituir a batata pela batata-doce”, salienta.

Nos supermercados de Foz, outro alimento que está mais caro é a cebola, que apresentou aumento de 28%. “A cebola está em período de entressafra com oferta menor, e as cebolas importadas da Argentina estão com entrada limitada no país devido à Covid-19”, explica Kawamura. Por outro lado, o preço da alface caiu 15% por conta da alta produtividade e do clima favorável para o desenvolvimento da hortaliça.

Com grande peso no orçamento familiar, leite e derivados apresentaram alta de 8,1% nos preços. Entre os destaques, estão o leite UHT (12,2%) e o leite em pó (18,5%). Do mesmo modo, as carnes estão, em média, 2,1% mais caras. Em abril, ficou mais caro comprar paleta (37,3%), músculo (36,7%) e capa de filé (34,9%). O frango inteiro aumentou 11,1% e os ovos, 12,1%.