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PENINHA DÁ SHOW NA feira DO livro

Um grande público acompanhou de perto o show de Eduardo Bueno na Arena Literária, na noite desta segunda-feira (23) no Clube Gresfi, onde acontece a Feira do Livro. A apresentação fechou o quinto dia do evento que segue até 26 de outubro.

No palco, Bueno trouxe de maneira irreverente a história da corrupção no Brasil, desde a chegada dos portugueses. “A peça é resultado de muitos anos de pesquisa e coloquei no palco uma comédia para a gente chorar, pois a corrupção ibérica sempre esteve aqui, é sistêmica, e estrutural. A saída está no conhecimento, uma sociedade bem informada, que saiba sua trajetória”, explicou.

Para o autor, o papel da leitura nesse processo é fundamental. “Não há como negar a chegada de outros meios de leitura com a tecnologia, mas o aprendizado com o livro é ferramenta indispensável do conhecimento. Tudo que faço, que produzo, vem do livro, do conteúdo”. Após a apresentação, o autor recebeu leitores para sessão de autógrafos e fotos.

Visitas

A semana começou com grande movimentação em toda a feira. Logo de manhã, crianças de escolas municipais e centros de educação infantil puderam interagir com apresentações circenses, utilizar o vale-livro e visitar o espaço. Mais de 30 crianças do CMEI Professora Viviane Jara Benitez, da Gleba Guarani, estiveram no local para conferir as atrações pela primeira vez. “Como o CMEI é novo e está numa comunidade carente de atividades assim, acredito que a visita desperte a criatividade e a curiosidade delas, pois saindo daqui certamente vão compartilhar o que viram”, disse a coordenadora, Kamila Haus.

Livro vivo

Na ação descentralizada do dia, a escritora convidada Paula Taitelbaum foi até a Estação Cultural Professor João Sampaio, na Vila C, para ministrar a oficina “Era uma vez um livro”. A escritora falou sobre a produção de seus livros e como nasce cada livro editado, além de apresentar o uso de formas geométricas para composição de personagens. “Usar as formas é também incentivar a imaginação, e cada um faz isso de um jeito diferente”, disse.

Agatha, 11, uma das crianças que acompanhou a oficina, estava atenta e curiosa. “Eu já sabia como fazia um livro, mas nunca tinha visto de perto, precisa usar a criatividade”.

Pequenos autores

No pavilhão da feira, alunos e familiares do Colégio Bertoni participaram do lançamento dos livros do projeto Ciranda do Livro. Nele, cada aluno produziu seu próprio livro. Com a orientação de professores, elegeram suas temáticas e desenvolveram diferentes gêneros de linguagem como reportagens, crônicas e contos.

“O impacto desses livros acontece não somente para aperfeiçoar a escrita, mas também para que os estudantes se afeiçoem ao processo”, contou a coordenadora pedagógica Ellen Belponte. Além dos textos, os alunos do 6º ao 9º ano também ilustraram suas produções.

A experiência emocionou pais e estudantes. “A gente fica feliz em ver que estão ainda se dedicando à leitura e à escrita, pois hoje passam muito tempo no celular, e sair disso, é fantástico”, comentou a funcionária pública Laula Souza de Lima, mãe de Juliana, autora do livro sobre conto de fadas. A noite de segunda-feira foi encerrada com o lançamento do livro de Dámaso Cerruti, “As fontes”.