O governo paraguaio anunciou na terça-feira o fechamento total de suas fronteiras para o trânsito de pessoas até 28 de março, reforçando medidas para impedir a propagação do coronavírus no país.
O ministro do Interior Euclides Acevedo anunciou que o fechamento não se aplica ao trânsito de mercadorias e, portanto, não afetará a entrada de necessidades básicas, como alimentos e medicamentos.
O governo do presidente Mario Abdo já havia restringido a entrada de estrangeiros há alguns dias. "O fechamento total de fronteiras, aeroportos e portos foi organizado de forma a impedir temporária e estritamente a entrada de pessoas que vêm do exterior, exceto os bens e produtos necessários para a subsistência", disse Acevedo a imprensa.
Cerca de 70 paraguaios que pretendem retornar ao país serão afetados por essa medida e deverão ficar em quarentena em instalações militares depois que sua entrada no país for autorizada na próxima semana, explicou o ministro. Acevedo acrescentou que o controle na fronteira terrestre será fortalecido e que o governo colaborará com os países que desejam repatriar seus cidadãos que estão no Paraguai. "Não vamos nos opor a que eles retornem aos seus", disse o ministro.
A Diretoria Nacional de Aeronáutica Civil cancelou todas as operações de voo comercial e privado que vêm do exterior de 24 de março a 12 de abril. A decisão não afeta os serviços de carga, aeronaves que prestam serviços médicos e de resgate ou aquelas enviadas por outros governos para repatriar seus cidadãos.
O Paraguai havia fechado quase dois terços dos portos de entrada do país na semana anterior e proibido a entrada de estrangeiros não residentes na tentativa de impedir a propagação do vírus. O país, que está em quarentena de saúde de um mês até 12 de abril, registra 27 casos confirmados da doença e duas mortes.