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Fazendo arte

Foz do Iguaçu está plantando a boa semente da cultura e os resultados serão um futuro melhor para sua gente. A afirmação é do prefeito Chico Brasileiro ao participar, na sexta-feira (25), dos três anos da Estação Cultural João Sampaio, equipamento que abriga o Foz Fazendo Arte, programa da Fundação Cultural que garante acesso à cultura para aproximadamente 200 crianças, jovens, adultos e idosos da Vila C, Cidade Nova e outras comunidades em uma das regiões mais populosas do município.

 

“Foz do Iguaçu será uma das cidades mais importantes do Brasil, porque estamos plantando sementes boas e a cultura, a educação, é uma grande semente que vai realmente espalhar o amor, o compartilhamento, a solidariedade, a arte que abraça, que é solidária e que envolve as pessoas”, ressaltou Chico Brasileiro. Que emendou: “Enquanto estamos envolvido com cultura, não estamos envolvidos com outras coisas negativas, acima de tudo, com violência”.

 

A Estação Cultural João Sampaio, nome do violonista Professor Mosquito que morou em Foz do Iguaçu de 1977 até sua morte, em 2008, foi inaugurada em 13 de agosto de 2020, após anos de abandono, como alternativa de propagação da política de equipamentos de cultura às várias regiões do município. No local, na Rua N, 56 - Vila C Nova, são ministradas gratuitamente oficinas de artesanato, violino, circo, violão, teclado, ballet, dança árabe, dança urbana e teatro de bonecos.

 

“Uma grande alegria aqui hoje”, disse Chico Brasileiro. O prefeito lembrou que, na época da inauguração do espaço, a administração municipal tinha um objetivo, que as pessoas aderissem à arte e aos programas de culturas que a Fundação estava implantando no local. “Hoje, o resultado fala por si só, o número de pessoas envolvidas nesse projeto e também os educadores e professoras. Aqui era uma antiga biblioteca, que era muito útil, mas infelizmente ficou muito tempo abandonada”.

 

“Foi transformada, entregue à comunidade e olha o resultado que estamos alcançando e é isso que a gente tem que fazer em nossa cidade”, ressaltou. O prefeito cumprimentou e deu parabéns a todos os envolvidos, mas principalmente as crianças, jovens, adultos e as famílias. “Quero dizer para vocês, Foz do Iguaçu está passando por muitas transformações, tanto em obras como a segunda ponte, a perimetral leste, duplicação da Rodovia das Cataratas, o aeroporto”.

 

Transformação

 

“Inauguramos outro dia o décimo segundo CMEI e diversos equipamentos esportivos por toda cidade, mas nada se compara à cultura e à educação”. De acordo com Chico Brasileiro, o papel de um governo é investir para que os recursos públicos possam chegar na transformação da vida da população, objetivo principal do Foz Fazendo Arte.

 

Foz do Iguaçu, de acordo com o prefeito, tem que ser grande, olhar para o futuro, acreditar nas criança e na juventude. “Por isso, o Foz Fazendo Arte, é a chance de termos uma cidade muito melhor lá no futuro. E teremos, com certeza”, completou.

 

Homenagem

 

A solenidade em homenagem aos três anos da Estação Cultural marcou o início da II Mostra Pedagógica do Programa Foz Fazendo Arte, que incluiu apresentações artísticas e exposições culturais e de peças de artesanatos produzidas pelos alunos das oficinas. O tema desta ano homenageou o Professor Mosquito, que dá nome ao espaço, por decisão dos arte-educadores e dos participantes, segundo explicou a coordenadora Ivana dos Santos Batista.

 

“Viemos pensando no tema desde abril ou maio”, informou Ivana. As atividades da Estação são realizadas em três períodos de manhã, tarde e noite. Para as exposições são priorizados temas atuais, reforçou a artesã Simone Lotero, professora de artesanato. “Temos alunos de todas as classes sociais”, destacou ela, ressaltando a diversidade de moradores da região Norte de Foz do Iguaçu. “Queremos que a população se aproprie do espaço e é muito importante a participação das famílias”, completou a coordenadora.

 

A aluna Alana Moreno, de apenas seis anos, disse que gosta de todas as oficinas oferecidas no local. “Gosto muito das aulas daqui”, contou ela, que é acompanhada dos também matriculados nas atividades. “É muito importante para a nossa família, pois assim encontramos espaços para interagir com as outras pessoas do bairro e vamos crescendo com a cultura”, informou Ricardo Moreno, pai de Alana.

 

Participações

 

O presidente da Fundação Cultural, Juca Rodrigues, disse que a solenidade foi organizada para celebrar a política de equipamentos culturais de Foz do Iguaçu. “Atender a população no bairro é uma das metas do governo municipal”, ressaltou. Segundo ele, mais de 7,7 mil pessoas estão inscritas no Foz Fazendo Arte e a previsão é aumentar nos próximos anos a capacidade física da Estação Cultural e do programa.

 

A iniciativa, que inclui também clubes de mães, associações de moradores e ongs (organizações não governamentais), é o melhor caminho para fazer a política de cultura chegar onde tem que chegar. “O Foz Fazendo Arte é mais que arte”, ressaltou Juca Rodrigues. Ronaldo Cáceres, idealizador da ONG Um Chute para o Futuro, também participou da solenidade. Segundo ele, o projeto vem transformando vidas. “Vem lapidando pessoas que estavam esquecidas”, concluiu.

 

A secretária de Direitos Humanos e Relações com a Comunidade, Rosa Maria Jerônymo, lembrou que a população da região da Vila C Nova ficou muito tempo sem a biblioteca pública de cultura inclusiva. “O espaço, que estava abandonado, foi construído para atender aos moradores”, disse. Ela comentou que mais de 40 clubes de mães estão participando das oficinas. “A cultura move nossa saúde e a saúde mental e é o que precisamos para viver bem”, ressaltou.

 

O vereador Adnan El Sayed representou o poder legislativo e disse que a cultura é também educação. “A Câmara vai continuar apoiando as iniciativas de cultura, com o Foz Fazendo Arte”.