O Sistema Nacional de Meteorologia (SNM) emitiu alerta de emergência hídrica, no período de junho a setembro, para a área da Bacia do Rio Paraná, que abrange os estados de Minas Gerais, Goiás, Mato Grosso do Sul, São Paulo e Paraná. É a primeira vez que o órgão emite um alerta desta natureza, e a previsão é consistente com a de outros centros internacionais de análise climática.
Essa estiagem na Bacia do Paraná é mais preocupante para a Região Sudoeste do Estado. As cidades de Pranchita e Santo Antônio do Sudoeste estão com rodízio no sistema de abastecimento de água.
Na Bacia do Iguaçu, a estiagem também é sentida. Nos dias 9 e 10 de junho, a vazão das Cataratas do Iguaçu foi de 308 mil litros de água por segundo, um quinto da vazão considerada normal, que é de 1,5 milhão de litros por segundo. Na região da Ponte da Amizade, entre Foz do Iguaçu e Paraguai, o nível do rio está 8,5 metros abaixo da média dos últimos cinco anos.
Dados do Instituto Nacional de Meteorologia (INMET) mostram que a média histórica de chuvas entre janeiro até o fim de junho é de 1.035,9 milímetros em Foz do Iguaçu.
No entanto, até o momento, choveu 718 milímetros. Os sistemas de abastecimento de água da Sanepar não têm captação no Rio Iguaçu, mas os números confirmam o impacto da crise hídrica. A falta de chuvas na área de nascente do Iguaçu, que fica em Curitiba, reflete diretamente na vazão das Cataratas na região Oeste.
REFLEXOS NA RMC – Na Região Metropolitana de Curitiba o abastecimento de água também sofre os efeitos da estiagem desde 2020, quando foi implantado rodízio no fornecimento. Atualmente, o rodízio segue modelo de 60 horas com água e 36 horas sem água. Nesta segunda-feira (14), o nível dos reservatórios do Sistema de Abastecimento de Água Integrado de Curitiba e Região Metropolitana está em 51,82%.
“Continuamos monitorando os níveis das barragens e as condições meteorológicas para nossas decisões no abastecimento da Região Metropolitana. Nossa expectativa é que nesta região as chuvas em junho permaneçam na média, o que nos permite manter o rodízio no atual modelo, de 60 por 36 horas”, disse o diretor de Meio Ambiente e Ação Social da Sanepar, Julio Gonchorosky.
Foto - Christian Rizzi