Moradores das 27 residências da Ocupação Bubas que precisarão ser reassentados no processo de urbanização da área puderam tirar dúvidas e entender melhor como serão as mudanças, em reunião na tarde desta quarta-feira (15) na sede da associação da comunidade.
A diretora superintendente do Fozhabita, Elaine Anderle, explicou que o reassentamento das famílias será necessário nos casos em que o recuo para as obras de drenagem, pavimentação, instalação de calçadas e/ou de regularização da rede de água e esgoto, ultrapassa grande parte do lote onde estão atualmente.
Conforme o projeto do comitê formado por representantes da Prefeitura de Foz do Iguaçu, Fozhabita, Copel e Sanepar, em casos em que será preciso um pequeno recuo não haverá necessidade de reassentamento.
O projeto foi aprovado pelos moradores da ocupação durante reunião com a prefeitura na última semana. A partir de então, foi encaminhado a Copel e Sanepar para que sejam feitos os processos licitatórios para a contratação das obras. A expectativa é que o início seja ainda em 2022.
Reassentamento
As famílias que precisarão ser reassentadas, explicou a diretora do Fozhabita, poderão escolher entre ir para uma edificação que será construída pela Cohapar em área próxima ao Bubas ou solicitar um novo lote. Em ambos os casos, durante o período de construção receberão um auxílio aluguel.
"Essas casas já estão identificadas e vamos formalizar um documento com esse compromisso do reassentamento", reforçou Elaine.
A transparência e o diálogo estão entre as premissas da administração municipal no processo de urbanização do Bubas. "O prefeito Chico Brasileiro nos pediu a priorização e o constante diálogo com a comunidade, para que os moradores estejam sempre cientes do que está acontecendo. É um projeto para eles, e feito juntamente com eles. Por isso, estaremos sempre à disposição para esclarecer as dúvidas", disse Elaine.
Sobre o processo
Cerca de 1,8 mil famílias - 10 mil pessoas - moram atualmente no Bubas, segundo levantamento feito pela própria comunidade.
Em abril deste ano, a prefeitura recebeu a autorização, a partir de decisão judicial, para fazer as intervenções necessárias para regularizar os serviços de água, esgoto e energia elétrica na área.
A partir de então, foi montado o comitê para debater as obras, formado por técnicos das secretarias municipais e do Fozhabita, representantes da Copel e Sanepar, e lideranças do Bubas.