Prevenir e controlar a dengue em uma das principais regiões de tríplice fronteira foi tema de uma intensa agenda realizada na úlima sexta-feira (16). O encontro envolveu representantes da Secretaria Municipal da Saúde (SMSA), do Centro de Controle de Zoonoses (CCZ), Ministério da Saúde, OPAS – Organização Panamericana da Saúde, Secretaria de Estado da Saúde (SESA), Fiocruz-RJ, IBMP – Instituto de Biologia Molecular do Paraná – Itaipu Binacional, Itaiguapy, Unila e o IFPR – Instituto Federal do Paraná.
O encontro teve início pela manhã na sede do CCZ e seguiu ao longo do dia com apresentações dos projetos desenvolvidos por cada instituição, debates e com a construção de um planejamento integrado com foco em ações estratégicas para a região de fronteira.
O principal objetivo da reunião é fortalecer as ações conjuntas para o controle do aedes aegypti, tendo em vista as características da cidade - tais como a localização fronteiriça e o calor intenso - que favorecem a proliferação do mosquito. O vice-prefeito e secretário de saúde, Nilton Bobato, afirmou que as articulações são fundamentais para prevenir uma nova epidemia de dengue, como ocorreu no último ciclo da doença: “Além da dor e transtorno para quem é infectado, a dengue é onerosa para o município. São quase R$ 6 milhões de por ano com despesas na saúde por conta da doença. Prevenir à dengue é fundamental e as articulações são importantes para continuarmos aprimorando e investindo em pesquisas, novos produtos e tecnologias”, disse.
Bobato, ainda reforçou que a prefeitura também continuará trabalhando para sensibilizar a população a fazer a parte destas ações de prevenção, uma vez que 80% dos focos de mosquito estão dentro das casas.
A agenda é muito positiva para a cidade. A atuação do CCZ de Foz do Iguaçu que já é referência internacional por projetos de combate à dengue, poder sediar um projeto piloto para ações estratégicas de fronteira e para outros municípios.
“Foz do Iguaçu é referência em âmbitos de pesquisa de controle da dengue. Por ser uma região de fronteira, com grande fluxo de pessoas, é necessário desenvolvermos ações estratégicas com outros países e que podem servir de exemplos para outras cidades”, acrescentou o coordenador de Vigilância do Ministério da Saúde, Rodrigo Said.
Estratégias
O CCZ vem aprimorando as ferramentas tecnológicas para o controle do aedes aegypti. Uma dessas estratégias foi a criação da sala de situação da dengue, uma ação que tem por objetivo disponibilizar informações com vistas a subsidiar a tomada de decisões da gestão. Dentre as ferramentas tecnológicas utilizadas pela sala de situação estão os chamados os “Mapas de calor”, que identificam geograficamente por cores as regiões da cidade com maior incidência de proliferação do aedes agypti.
Armadilhas
Além dos “Mapas de Calor”, a secretaria de saúde está adquirindo mais 1.500 armadilhas para captura do mosquito. Ao todo, serão aproximadamente cinco mil unidades. Os equipamentos são fundamentais para o monitoramento e as ações estratégicas.