A nova concessão do Parque Nacional do Iguaçu promovida pelos ministérios do Meio Ambiente e Economia nesta terça-feira (22), consolidou as conquistas encampadas pelos 14 municípios lindeiros à unidade de conservação. A avaliação é do prefeito de Foz do Iguaçu, Chico Brasileiro, que encampou a articulação e as tratativas com técnicos do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), nos ajustes durante a elaboração do edital.
"Sobre a nova concessão do Parque Nacional do Iguaçu, houve uma articulação dos prefeitos lindeiros e nós atuamos junto à comissão do ICMBio e a organização do processo, para que pudessem ser inseridos itens importantes", destacou Chico Brasileiro. Entre as conquistas, recorda o prefeito, estão o Passe Comunidade, que não estava previsto no edital inicial, bem como o investimento de parte da arrecadação com o ingresso, na divulgação e promoção do destino.
De acordo com a nova concessão, vencida pelo consórcio Novo PNI, formado pelos grupos Construcap e Cataratas, que já administra a unidade de conservação, os moradores do entorno irão pagar 20% do valor do ingresso. "Esta foi uma grande conquista, que não era prevista no edital inicial", disse o prefeito.
"Também um investimento de 6% que será para a divulgação e promoção do destino é uma grande conquista, já que é um montante significativo dos valores que serão arrecadados", ressaltou. A nova concessão, que teve um ágio de quase 350% sobre o valor inicial - lance de R$ 375 milhões, prevê 30 anos de gestão do consórcio.
"Estamos satisfeitos com o que foi previsto de investimentos, que será significativo e vai melhorar o destino, o Parque Nacional, e fazer com que possamos atrair mais turistas. Irá qualificar cada vez mais o nosso parque, que já é e será cada vez mais uma referência internacional. Isto é muito positivo para a cidade", concluiu Chico Brasileiro.
Panorama
O novo contrato terá como principais objetivos promover a preservação ambiental, incentivar o ecoturismo e o desenvolvimento sustável das cidades da região. A iniciativa representa mais um importante passo do governo federal rumo ao crescimento verde do país, ressalta o ministro do Meio Ambiente, Joaquim Leite.
A intenção é melhorar a preservação ambiental, o incentivo ao ecoturismo e a geração de empregos verdes. O pregão, na Bolsa de Valores de São Paulo, contou com a participação de dois consórcios de empresas interessadas em investir na Unidade de Conservação (UC). Os investimentos terão capacidade de dobrar a visitação anual do atrativo, que passou de dois milhões em 2019, antes da pandemia da covid-19.
A modelagem de concessão trará resultados reais para o parque nacional e para a região que serão revertidos em infraestruturas e ativos turísticos, diz o ministro. No que concerne ao turismo, requalificação das infraestruturas de visitação, implantação do espaço de Memória de Santos Dumont, do teleférico e do novo modal de transporte interno, implementação das trilhas, ciclovias e das infraestruturas relacionadas aos novos polos de visitação.
Realizar os serviços de manutenção e conservação de todas as edificações, instalações, infraestruturas da área da concessão e aqueles que estiverem sob gestão do Parque Nacional do Iguaçu, além da manutenção das vias da ciclovia e estacionamento. Prover o serviço de vigilância e segurança patrimonial, visando garantir a proteção e a conservação dos bens e do patrimônio ambiental, social e histórico.
Criado em 1939, o Parque Nacional do Iguaçu tem área de quase 200 mil hectares. É a maior reserva remanescente de Mata Atlântica da região e tem o título de Patrimônio Natural da Humanidade. A principal atração turística são as Cataratas do Iguaçu, eleita uma das Sete Maravilhas da Natureza, em 2011.