Facebook

Audiência Pública Copel

A Câmara Municipal de Foz do Iguaçu realizou nesta quarta-feira, 12 de julho, um amplo debate referente a privatização da Companhia Paranaense de Energia Elétrica- Copel. A audiência foi proposta e conduzida pela vereadora Yasmin Hachem (MDB) em atendimento ao requerimento n° 280/2023. Foram apresentados dados sobre a importância da companhia para o Estado do Paraná e as possíveis impactos de uma privatização, iniciativa do governo paranaense.

Yasmin afirmou que a Copel é uma empresa pública essencial para o estado. “Ela entrega a energia para todos os pontos do Paraná e é referência também em energia de qualidade, além de ser a maior empresa pública do Paraná. Em 2017 para nos orgulhamos recebeu o prêmio de melhor distribuidora de energia da américa latina, essa é uma empresa estatal construída pelas mãos dos trabalhadores paranaense e não pode ser vendida por interesse que não tem compromisso com a realidade da nossa gente”, destacou.

A vereadora ressaltou ainda que a privatização traz insegurança para as pessoas mais vulneráveis e faz com que o lucro prevaleça em detrimento das necessidades da comunidade paranaense.

AMPLA REPRESENTATIVIDADE

Convidados pelo presidente da Casa João Morales (Republicanos) a compor a mesa estiveram as autoridades: Yasmin Hachem (MDB); deputado estadual, Arilson Chiorato; Presidente do Senge, Leandro José Grassmann; Representante do Centro de Direitos Humanos, Hamilton Serighelli; Presidente da OAB-Foz, Victor Hugo Nachtygal; Presidente do Sinefi (Sindicato dos Eletricitários de Foz do Iguaçu), Paulo Henrique Guerra Zuchoski; Diretor do Sinefi, Nelton Miguel Friedrich; o ex-presidente do SINEFI, Assis Paulo Sepp;

Presidente do STEEM, Jonas Braz; vereadores Adnan El Sayed (PSD), Anice Gazzaoui (PL), Kalito Stoeckl (PSD), Marcio Rosa (PSD) e vereador Edivaldo Alcântara (PTB). Também esteve presente na audiência a Presidente do CDHMP, Tamara Cardoso.

ENERGIA MAIS BARATA DO BRASIL

O deputado estadual Arilson Chiorato participou via sala virtual e revelou que a Copel tem a tarifa de energia mais barata das empresas públicas do país e possui um grande papel para o desenvolvimento do nosso estado. Esse processo é uma posição política e toda escolha política sabemos que tem consequências. “Essa lei entrou na casa (Assembleia Legislativa) e em 7 dias já estava sancionada no Diário Oficial. Esse processo não teve discussão com a população, não teve debate transparente e necessário para as pessoas terem sua opinião”.

De acordo com Paulo Henrique Guerra, presidente do Sinefi, “a audiência pública realizada pela Assembleia Legislativa do Paraná não foi uma audiência pública e uma palestra, onde não houve participação, não houve abertura para perguntas, onde não pode ser feito questionamento. A Copel em 2022 gerou um lucro de R$ 1,1 bilhão. Desse total, aproximadamente 45% revertendo para os cofres do Estado do Paraná. É uma ajuda excelente e significativa para o orçamento do Estado”.

“A COPEL PERTENCE AO POVO”

O expositor Nelton Miguel Friedrich, diretor do Sinefi, usou a tribuna para explanar sua posição a respeito da privatização, declarou a importância da Companhia para o estado do Paraná e principalmente para a cidade de Foz do Iguaçu. “A Copel não pertence ao governador do estado e sim ao povo paranaense”, afirmou.

Para Leandro Grassmann, presidente do Senge, “a Copel sendo privatizada teremos piora de qualidade, aumento de tarifa, gestores aumentando seus salários e a distribuição de lucros para os acionistas”.

LIVRE CONCORRÊNCIA

Luciano Lima, representante sociedade civil, usou a tribuna para se posicionar a favor da privatização da Copel. “Todos os modelos existem falhas e precisamos ficar atentos em relação à privatização, que é a maior empresa pública do Paraná. Precisamos de um regime de livre iniciativas, de livre concorrência que vai trazer efeitos ainda mais benéficos, como arrecadação tributária e mercado de trabalho”. Segundo ele, “a privatização tem uma função super importante de aumentar a eficiência da economia, a taxa de investimento e o crescimento contribuindo para diminuir a pobreza e a desigualdade”.