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Aos 54 anos, biblioteca pública sobrevive ao mundo digital

 

Denise Paro

fotos Christian Rizzi

Com acervo que ultrapassa 70 mil livros, a Biblioteca Pública Elfrida Engel Nunes Rios completa 54 anos no dia 6 de setembro e sobrevive em meio a era digital. Um dos desafios atuais é reabrir as duas extensões que atendem a comunidade, uma na Vila C, a Biblioteca Cidadã Paulo Freire, e outra em Três Lagoas.

A unidade da Vila C foi fechada ano passado e de Três Lagoas há cerca de 3 anos porque o município não tem funcionários suficiente para mantê-las abertas. Um novo concurso está previsto para suprir a falta de pessoal e reativar as duas unidades que atendem os bairros.

Coordenadora da biblioteca, Maria Helena Silva diz que a falta de funcionários também impede que alguns projetos sejam colocados em prática, incluindo a Contação de Histórias e recepção de alunos de escolas. Como consultam a internet, muitos deles não têm hábito de visitar bibliotecas.

Hoje, a biblioteca tem 5 funcionários que se revezam para atender a população nos períodos da manhã e tarde. Porém, chegou a ter 15. Há mais de 20 anos não é feito concurso para suprir a falta de trabalhadores.

A Biblioteca passou por várias fases, desde a fundação. Antes do advento da internet, havia fila de espera para ocupar as mesas. “Os alunos que frequentavam não tinham lugar para sentar”, diz Maria Helena da Silva que é bibliotecária há 40 anos. Atualmente, cerca de 1.500 pessoas frequentam a biblioteca ao mês.

Maria Helena Bibliotecária

Maria Helena: antes da internet, usuários esperavam para sentar.

Os títulos mais procurados são aqueles de projeção midiática, ou seja, livros que tratem da Operação Lava Jato, além de romances e literatura infanto-juvenil.

Criada no dia 6 de setembro de 1963, a Biblioteca Pública Elfrida Engel Nunes Rios (nome de uma das pioneiras da cidade) funcionava inicialmente em uma das salas da prefeitura. Em 1997, o acervo foi transferido para a Fundação Cultural.

Mês do perdão – O aniversário da biblioteca marca a retomada de projetos de incentivo à leitura. Um deles é o Roda-Livro que prevê a instalação de suportes para livros no transporte coletivo. A ideia é que os passageiros possam ler, trocar e emprestar obras.

Entre os dias 7 e 10 de setembro os usuários que estão com livros em atraso poderão entregar as obras sem receberem multa.